Conhecido por seu histórico forte no swing e na vida sexual ativa, o Sul do Brasil agora também aparece com destaque em uma das fantasias mais debatidas da atualidade: o cuckold — o prazer em ver ou saber que a parceira transa com outro homem, com o consentimento e incentivo do parceiro. No País, o número chega a quase meio milhão de cornos assumidos.
Segundo dados da plataforma Sexlog, atualizados em abril de 2025 em comemoração ao Dia do Corno (25/4), o Paraná ocupa o 2º lugar no ranking nacional, com 42,07% dos usuários locais se identificando como cuckolds. Santa Catarina (36,39%) e Rio Grande do Sul (34,65%) também mostram números elevados, consolidando a região como um verdadeiro polo do fetiche no Brasil.
A mesma pesquisa revelou que 92% dos entrevistados sentem tesão ao imaginar a parceira com outro homem, e 78% dizem ter esse desejo desde antes do relacionamento atual. A maior parte, 53%, prefere assistir aos encontros ao vivo. Outros 22% gostam apenas de ouvir os relatos e 14% recebem fotos ou vídeos. Só 11% não curtem acompanhar de nenhuma forma.
O estímulo inicial mais comum vem da pornografia: 57% se excitaram pela primeira vez assistindo vídeos do tema. Outros 23% foram influenciados por experiências de amigos ou parceiros e 15% começaram a explorar o desejo após vivenciar o swing.
Na divisão de papéis, 74% dos homens se identificam como cuckolds, 15% como comedores de casadas e 11% transitam entre os dois. Além disso, 78% estão em relacionamentos estáveis, e 89% dizem que o fetiche fortaleceu o vínculo com a parceira.
“Sentir que ela é desejada me excita”
O casal Fagner e Kriss vive o fetiche abertamente — e compartilha isso com seu público no Hotvips, plataforma de conteúdo adulto. Juntos há quatro anos, eles começaram a explorar o cuckold após muito diálogo. “Eu sempre tive essa fantasia, mas foi com a Kriss que entendi que ela podia ser excitante e saudável”, conta Fagner. Ele sente prazer ao ver a parceira sendo desejada por outros — e muitas vezes participa dos encontros.
Kriss, por sua vez, se diz que se sente poderosa com a dinâmica: “Saber que ele se excita com isso me deixa mais livre para aproveitar. O sexo com terceiros fortaleceu nosso laço”. O casal mantém regras claras, conversa antes e depois de cada encontro e reforça: confiança é essencial.
O papel do comedor de casadas (Bull)
O terceiro na relação — o comedor de casadas (ou bull como é conhecido por alguns casais) — precisa entender que está entrando numa intimidade a dois. Gabe Spec, que já participou de dinâmicas assim, explica: “Tem que saber quando chegar, quando sair e respeitar os limites do casal”. Plataformas como o Sexlog ajudam na escolha segura do parceiro ideal.
Como explorar o fetiche com segurança
Segundo Mayumi Sato, CMO do Sexlog, o essencial é o diálogo. “Nenhuma fantasia deve ser vivida por imposição. Confiança e consentimento são fundamentais.” Veja dicas básicas:
- Conversem sobre fantasias, limites e expectativas;
- Reservem tempo para conhecer a pessoa com quem vão sair. Aproveitem as funcionalidades do Sexlog para trocar mensagens, fotos e vídeos;
- Estabeleçam regras claras sobre o que pode ou não;
- Usem proteção em todos os encontros;
- Evitem álcool e drogas para garantir o consentimento consciente;
Mais liberdade, menos tabu
Para Mayumi, o cuckold mostra o quanto casais estão dispostos a romper com padrões tradicionais. “É um fetiche que envolve confiança, entrega e vulnerabilidade. E isso diz muito sobre as novas formas de viver o prazer.”