Confiança e autoconhecimento são só alguns dos atributos que muitas mulheres contam ter conquistado após entrarem no meio liberal. O Sexlog, maior rede social de sexo e swing da América Latina, fez uma pesquisa com suas inscritas e descobriu que, desde que começaram a usar o site, 63% delas se sentem mais seguras em relação ao próprio corpo e 58% declararam que a timidez na hora H diminuiu bastante.
O levantamento também mostra que 68% das entrevistadas sentem que recuperaram a autoestima depois de entrarem para o site e terem contato com o meio liberal. Para a sócia-diretora e CMO do Sexlog, Mayumi Sato, um fator determinante para que as mulheres se sintam mais confiantes é a segurança que encontram na plataforma. “Quando uma mulher percebe que pode usar o ambiente online a seu favor para colocar suas fantasias em prática de forma segura e sem julgamentos, ela começa a ter um acesso mais profundo aos seus desejos. Também é ali que ela vai testar, experimentar e decidir o que realmente gosta. Isso traz segurança para se relacionar com o outro e consigo mesma!”. Mais do que conhecer outras tantas pessoas com interesses em comum, o Sexlog pode ser uma ótima ferramenta para o autoconhecimento”, diz.
Se encontrando no meio liberal
Uma das mulheres que deu uma reviravolta em sua vida utilizando a plataforma foi Eliza*, que depois de 25 anos de casamento descobriu uma traição e optou pela separação. Mas, não bastasse a dor de ver ruir seu casamento, ela também precisou lidar com algo ainda pior: se deparou com mensagens do ex marido falando mal de seu corpo para outra mulher.Ela acabou se afastando de muitas pessoas e chegou, inclusive, a ficar um ano sem se relacionar com ninguém.
Eliza conta que a virada de chave veio quando um amigo indicou que ela fizesse um perfil no Sexlog e ela, sem saber direito do que se tratava, o fez. “Eu estava bem acima do peso, sentia muita vergonha, mas mesmo assim marquei um encontro. No dia, fiquei com a sensação de que tinha sido horrível, que ele não tinha curtido. Mas tive uma surpresa e ele disse que tinha adorado. Eu entendi, naquele momento, que não precisava ter certos medos e que quando alguém me quisesse, pouco importaria meu tipo físico”, conta.
Disposta a mudar de vida e dar a volta por cima, ela começou a fazer mais fotos para alimentar seu perfil e diz que adora quando a elogiam. “Hoje em dia, eu sei que os homens querem quem faça direito, o biotipo é só um detalhe que pouco importa. Mesmo assim, ainda sonho em fazer uma abdominoplastia para retirar a flacidez que me incomoda. E quando eu conseguir, aí que ninguém me segura mesmo”, diz.
O Sexlog também mudou a vida de Sylvia*, que conheceu o site por meio do seu ex-marido, com quem ficou casada por 21 anos. Segundo ela, o parceiro a instigava a falar sobre fantasias e a convenceu a experimentar, chegaram a praticar ménage e tiveram encontros com pessoas que conheceram no site, mas acabaram se separando em 2022.
Sylvia conta que conheceu o ex-marido ainda muito nova, quando ainda tinha 16 anos e ele 18. “Éramos muito novos e ele tinha sido minha única experiência. Depois me dei conta que as regras que valiam para mim não valiam para ele e eu estava em um relacionamento abusivo. Com a separação, resolvi investir em um perfil no Sexlog pra mim e compartilhar fotos mais sensuais, valorizando os pontos que gosto em mim”, diz.
A produção de fotos virou também um momento divertido para ela. “Eu faço a maior parte sozinha e adoro quando elas são elogiadas. Descobri que o exibicionismo é um dos meus fetiches preferidos. Todo esse processo me ajudou a lidar com a rejeição que senti pelas circunstâncias da separação e também me ajudou a recuperar a autoestima, que estava abalada pelo relacionamento desgastado”, conta.
Assim como muitas mulheres, Sylvia teve várias fases e seu corpo a acompanhou. Ela lembra que quando era mais nova, logo depois da adolescência, ela tinha o corpo “padrão”, como a internet costuma dizer. Hoje, ela diz que está acima do peso e tem uma flacidez aqui ou ali, mas isso não a incomoda. “Com a maturidade, eu comecei a me olhar com mais amor e estou mais desinibida e à vontade com a minha imagem. Tanto que hoje eu compartilho fotos que eu jamais postaria antes. Ter um perfil no Sexlog me ajudou porque essas fotos que antes me envergonhariam agora são alvo de muitos elogios”, afirma.
E para quem quer começar no meio liberal?
O meio liberal é aberto a todo tipo de relacionamento e acolhe quem quiser participar. Mayumi explica que existe uma infinidade de possibilidades a serem exploradas e que o fundamental é que você reflita sobre o assunto antes de se jogar de cabeça. “O ménage à trois (sexo a três) é uma das práticas mais comuns para quem está começando e quer sentir o terreno do meio liberal. E é uma boa maneira também de você se sentir valorizada, independente da configuração, são duas pessoas ali te dando atenção”.
Sylvia foi uma dessas mulheres que optaram por começar no meio liberal praticando o ménage. “As primeiras vezes foi com meu ex-marido e outras mulheres. Mas a vontade de ter outro homem sempre me instigou muito também e hoje sou livre para fazer o que bem entendo”, conta.
O casamento de Sylvia acabou por uma série de motivos, entre eles a falta de transparência do ex-marido em relação ao acordo que eles tinham. Um fato, esse, muito comum e que Mayumi sempre faz questão de frisar para quem está pensando em esquentar a relação. “O meio liberal não é um bote salva-vidas para relacionamentos. Muita gente acha que o ménage, o swing ou a não monogamia, de maneira geral, vão esquentar um relacionamento que já caiu na rotina. Essa é uma ilusão muito comum. Essas práticas só vão reforçar o que existe de bom em relacionamentos que já são sólidos e que estão bem”.
Outra dica importante que Mayumi faz para as mulheres que estão ingressando no meio liberal é de utilizarem redes sociais e aplicativos específicos para a prática, como o Ysos, um aplicativo que surgiu do Sexlog, específico para os amantes do sexo a três, em que é possível filtrar e encontrar pessoas com os mesmos interesses, mesmas vontades e geograficamente próximas. “Quando você entra num app de relacionamento comum acaba tendo muita dificuldade para entender quem tem os mesmos interesses. No Ysos você pega um atalho, corta um caminho. Não precisa ficar batendo longos papos para saber se a pessoa quer ou não marcar um encontro casual”.